23/02/2009

Pontes

A vida tornou-me um pouco céptica relativamente ao ser humano, este está cada vez mais egoísta e egocêntrico, centralizando as suas angústias, receios, medos, em si mesmo ignorando assim os sentimentos alheios. Foi-nos ensinado a utilizar denominações, porque a necessidade de expor o que sentimos é grande, e utilizando as palavras as situações parecem mais simples, …, depois caímos no erro de utilizar mal as palavras, ou pior, a nossa interpretação do que sentimos é errada, e continuamos preocupados em tentar acertar nas palavras e esquecemos de ver os sinais, de ouvir o que nos tentam transmitir.

E será que alguém consegue ouvir-nos? Será que alguém vê os sinais que conscientemente, ou não, transmitimos?

Estaremos realmente tão egoístas? Que nem se quer conseguimos estabelecer pontes com os outros? Quando as pontes existem, conseguimos mantê-las?

Seria imaturo, tentar responder a qualquer uma das perguntas.

Primeiro, porque bem ou mal vamos tentando relacionarmo-nos com alguém (a solidão estilhaça a alma).

Segundo, quando conseguimos estabelecer a ponte, vamos sempre fazer tudo para mantê-la, pode não ser da forma mais correcta, pode a outra parte, não retribuir da mesma maneira, não se entregar com a mesma intensidade, mas o medo de falhar é forte, daí utilizarmos tudo o que podemos e muitas vezes o que não podemos.

As pontes vão ruir na mesma, porque a base onde assenta é frágil porque na maior parte das vezes não fixamos a estrutura como deveríamos.

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