12/11/2008

Trapézio

Vivo uma vida que não deve ser a minha, por vezes sinto que a minha “alma” não pertence ao meu corpo, ou será o meu corpo à minha “alma”!?
Sinto-me vaguear entre o físico e a imaginação, os dois entram em choque, situam-se numa encruzilhada, entre o abismo e um vale florido e cheio de vida. Fico no limite, seria mais fácil embrenhar-me no vale, do que cair no precipício, até porque não sei se alguma delas é de facto real.
Poderia quase dizer que tenho o sol de um lado, e a lua do outro, o dia e a noite, a luz e a escuridão, e se conscientemente sei que o sol me trará harmonia, e a lua trará dúvida e angústia (mas ao mesmo tempo ilude um mistério e os caminhos inóspitos atraem-me), não consigo escolher. Estou no arame tal e qual um trapezista a tentar manter o equilíbrio, até por fim ceder e cair para um dos lados…

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